quarta-feira, 20 de maio de 2015

Textos Selecionados



1) https://psicarlaegidio.wordpress.com/2012/09/24/psicologia-institucional-e-psico-higiene-de-jose-bleger/

Acredito ser importante começarmos definindo o que é instituição, portanto: “Organização de caráter público ou semi-público que supõe um grupo diretório e, comumente, um edifício ou estabelecimento físico de alguma índole, destinada a servir a algum fim socialmente reconhecido e autorizado… correspondem unidades como asilos, universidades, orfanatos, hospitais, etc.
O conceito de Psico-Higiene, de José Bleger, baseia-se na proposta de que o psicólogo deve ultrapassar a atividade psicoterápica, que visa o doente e a cura, e praticar a psico-higiene, que foca uma população sadia e a promoção da saúde. É preciso, então, novos instrumentos de trabalho – conhecimentos e técnicas que sirvam a este propósito.
É mencionado 6 tipos de instituição: 1 – instituições culturais básicas (família, igreja, escola); 2 – instituições comerciais (empresas comerciais e econômicas, união de trabalhadores, empresas do Estado); 3 – instituições recreativas (clubes atléticos e artísticos, parques, campos de jogos, teatros, cinemas, salões de bailes); 4 – instituições de controle social formal (agências de serviços sociais e governamentais); 5 – instituições sanitárias (hospitais, clínicas, campos e lugares para convalescentes); 6 – instituições de comunicação (agências de transportes, serviços postal, telefone, jornais, revistas, rádios).
O psicólogo deve focar sua atenção na atividade humana e no efeito dela. Assim, é preciso as seguintes informações: a – finalidade e objetivo da instituição; b – instalações e procedimentos com os quais alcançam os objetivos; c – situação geográfica e relações com a comunidade; d – relações com outras instituições; e – origem e formação; f – evolução, história, crescimento, mudanças, tradições; g – organização e normas que a regem; h – contingente humano que intervém nesta instituição; i – avaliação dos resultados do seu funcionamento (tanto para a instituição quanto para os integrantes dela).
O que caracteriza especificamente a psicologia institucional é o enquadramento da tarefa a ser feita e para isto devemos considerar 2 aspectos que estão inter-relacionados entre si: 1 – toda tarefa deve ser empreendida e entendida em função da unidade  e totalidade  da instituição; 2 – o psicólogo deve considerar a diferença entre a psicologia institucional (profissional contratado para prestar um serviço) e o trabalho psicológico em uma instituição (profissional como funcionário da empresa). Quando o psicólogo é funcionário da instituição, ele perde a neutralidade.  A psicologia institucional não pode ser exercida se o profissional for um funcionário, pois deixa de ser um mentor ou consultor. A impossibilidade de um funcionário exercer a função de psicólogo institucional deriva do fato de que poderia haver uma superposição e confusão no enquadramento, o que prejudicaria o trabalho a ser feito e comprometeria o resultado e a neutralidade deste.
Para o enquadramento (variáveis que limitam as atividades a serem exercidas pelo profissional para a instituição) deve-se considerar: 1 – tudo o que for feito, deve ser feito para unidade e totalidade da instituição; 2 – o psicólogo deve ter em mente a diferença entre psicologia institucional e o trabalho do psicólogo na instituição (como já mencionado acima); 3 – o profissional pode ser contratado para uma questão específica; 4 – a remuneração não pode comprometer sua independência profissional; 5 – fixar primeiramente o horário global da tarefa e depois os honorários.
O horário gasto na atividade deve estar de acordo com o número de pessoas envolvidas no trabalho a ser feito. Devemos também, considerar o tempo que será gasto fora da instituição, como o estudo do material recolhido, redação e protocolos.
Quando for feito o enquadramento, todas as questões devem ser esclarecidas totalmente, não restando nenhuma dúvida ou sub-entendido.
Os objetivos, da instituição, tanto explícitos e como implícitos, devem ser completamente esclarecidos ao profissional, assim como a finalidade para qual ele foi contratado.
Geralmente o motivo da consulta ao profissional, não é o problema, mas sim, um sintoma do problema real.
O conflito, não é algo necessariamente negativo. Torna-se negativo, se não for buscado a resolução dos problemas, se houver fuga ou se forem ignorados (estereotipias). Os conflitos propiciam o crescimento tanto da instituição quanto dos envolvidos. Ele é próprio da natureza humana, e nos encaminha para o desenvolvimento. Quando se supera o conflito, o resultado é algo melhor, algo mais desenvolvido que antes. A estereotipia não favorece a superação, é a ausência de conflito pela fuga ou esquiva da resolução dos conflitos presentes.
Somos formatados a partir das instituições. Somos algo, baseado no que fazemos, em nossos cargos, em nossas funções. Alterar algo dentro da instituição é alterar as bases das pessoas envolvidas nelas, é desestabilizá-las, e por isso, muitas vezes a psicologia institucional não é muito bem quista, por serem ameaçadoras. Trata-se de uma organização externa que reflete diretamente na organização interna das pessoas, e o que fazemos nos dá um lugar no mundo.
Para William James a identidade é compreendida desta forma: identidade = eu+mim, ou seja, o que eu faço, o que eu penso, minhas decisões + o que eu sou para o mundo, como os outros me vêem. E o eu, em alguma medida está depositado em situações e objetos externos.

As instituições acabam perpetuando os problemas pelos quais procuram um profissional. Como exemplo podemos analisar a questão de um hospital, que geralmente é doentio, ou então, o manicômio, que acaba por desintegrar ainda mais seus pacientes, também a prisão, que acaba por propiciar ao detento o aperfeiçoamento de novas técnicas de crimes.

Segundo Bleger,
A psicologia institucional constitui-se num capítulo novo no desenvolvimento da ciência psicológica, e isto requer um olhar mais demorado quanto aos aspectos implicados neste contexto…
Segundo o autor a psicologia institucional constitui-se num capítulo novo no desenvolvimento da ciência psicológica, e isto requer um olhar mais demorado quanto aos aspectos implicados neste contexto.
Inicialmente, Bleger pontua que “a posição geral sustentada pode se resumir nas seguintes proposições”, já dadas a conhecer anteriormente em outra publicação: a) o psicólogo como profissional deve passar da atividade psicoterápica [doente e cura] à da psico-higiene [população sadia e promoção de saúde];
b) “para isso, impõe-se uma passagem dos enfoques individuais aos sociais” (p. 31).
Fica clara, neste texto, a importância do equilíbrio na relação teoria-prática, quando se afirma que a prática não é um desmembramento sujeitado à ciência, mas, ao contrário, o seu núcleo vital; bem como a investigação científica não está acima ou para além da prática, porém inserida no curso da mesma. Ambos devem devem estar interligados inseparavelmente.
O autor vai mais além quando ressalta que a psicologia institucional não representa uma extensão da psicologia aplicada, e sim um campo psicológico de extraordinário avanço tanto no aspecto investigativo quanto no desenvolvimento da prática profissional
da psicologia.
Progressivamente, a psicologia institucional pode ser assim desenhada quanto à sua atuação: a) âmbito psicossocial [indivíduos]; b) âmbito sócio-dinâmico [grupos]; c) âmbito institucional [instituições]; e, d) âmbito comunitário [comunidades].
Com relação ao estudo das instituições, ele diz respeito a três fundamentos: o estudo da estrutura e dinâmica das instituições, estudo da psicologia das instituições e a estratégia do trabalho em psicologia institucional.
Afinal o que vem a ser psicologia institucional? Para Bleger “a psicologia institucional caracteriza-se pelo âmbito (as instituições) e por seus modelos conceituais; dentro de sua estratégia inclui-se, como parte fundamental, o enquadramento da tarefa e a administração dos recursos” (p. 37).
Burgess cita quatro principais tipos de instituições, a saber: instituições culturais básicas, instituições comerciais, instituições recreativas e instituições de controle social formal. Além disso, Young acrescente as instituições sanitárias e as instituições de comunicação.
Há dois princípios essencialmente interligados: a) toda tarefa precisa ser empreendida e entendida em função da unidade e da totalidade institucional; e, b) cabe ao psicólogo considerar a diferenciação entre psicologia institucional e o trabalho psicológico dentro de uma instituição.
É de vital importância a observância que “a dependência econômica do
psicólogo institucional tem que ser fixada em termos tais que não comprometem sua total independência profissional” (p. 40).
Quanto aos objetivos da instituição e do psicólogo, o texto ressalta que ambos têm que ser perfeitamente conhecidos como prerrogativa de um ponto de partida para um trabalho profissional. Salienta ainda o autor que o psicólogo precisa ter em mente sempre que o motivo de uma consulta não é o problema de fato, mas sim um sintoma do mesmo. Mais especificamente, os objetivos do psicólogo devem focar:
a) demarcação geral da sua tarefa;
b) aceitação ou não dos objetivos da instituição;
c) diagnóstico dos objetivos particulares.
A propósito, o objetivo final do psicólogo institucional configura-se num objetivo de psico-higiene, ou seja, a obtenção da melhor organização e condições as quais possam promover saúde e bem-estar dos integrantes da instituição. Ainda com relação aos objetivos do psicólogo, Bleger afirma que o profissional não se deve aceitar jamais um trabalho em uma determinada instituição cujos objetivos conflitam com os dele. Em psicologia, a ética precisa coincidir com a técnica. Finalmente, é enfatizado textualmente que, aceitando o psicólogo os objetivos de uma instituição, significam apenas uma condição para o enquadramento de sua tarefa, mas os objetivos da instituição não são seus objetivos profissionais.
Para Bleger, o modelo do enquadramento
psicanalítico consiste numa indagação operativa, cujos passos podem ser assim descritos: a) observação de acontecimentos e seus detalhes; b) compreensão do significado dos fatos; c) inclusão dos resultados desta compreensão; e, d) consideração do passo anterior como uma hipótese.
As técnicas do enquadramento podem ser definidas como “o conjunto de operações e condições que conduzem a estabelecer o enquadramento e que constituem também uma parte do mesmo” (p. 47). E elas são assim demonstradas:
a) Atitude clínica: identificação com os fatos e pessoas, mas a possibilidade da manutenção de certa distância para evitar implicação pessoal.
b) Estabelecimento de relações claras e profissionais.
c) Esclarecimento do caráter da tarefa profissional.
d) Não realização de tarefas com grupos da instituição que não manifestarem aceitação correspondente.
e) Não admissão de imposições.
f) Segredo profissional e estrita lealdade.
g) Limite de contatos extra-profissionais.
h) Abstinência de partido profissional.
i) Não aceitação de função diretora, administrativa nem executiva.
j) Responsabilidade compartilhada.
k) Não formar superestruturas que se desgostem outras autoridades.
l) Não fomentar a dependência psicológica.
m) Estrito controle da informação.
n) Não usar como índice de avaliação o progresso da instituição.
o) Fazer compreender os fatores em jogo.
p) Contar sempre com a
presença da resistência.
q) “Uma instituição não deve ser considerada sadia ou normal quando nela não existem conflitos, e sim quando a instituição pode estar em condições de explicitar seus conflitos e possuir os meios ou a possibilidade de arbitrar medidas para sua resolução” (p. 50).
r) Não aceitar a estipulação de prazos fixos para tarefas e resultados.
Bleger define “grau de dinâmica” não como a ausência de conflitos, e sim pela possibilidade da explicitação, manejamento e resolução dentro dos limites institucionais. Ou seja, a patologia do conflito se refere não apenas à existência do conflito, mas com a ausência dos recursos necessários para a sua resolução. Destaca o texto que a estereotipia constitui numa das defesas institucionais mais comuns frente ao conflito. Desta forma, cabe ao profissional em psicologia institucional – verdadeiro agente de mudança e catalisador de conflitos – reconhecer os mecanismos e não agir em função deles, mas sobre eles, modificando-os.
Prosseguindo, o autor distingue conflito, problema e dilema. O primeiro representa as forças controvertidas no interjogo; o segundo, tem a possibilidade de se transformar em conflito e finalmente o último é tido como uma opção irreconciliável.
O que se entende por psicologia das instituições? Bleger responde: “o estudo dos fatores psicológicos que se acham em jogo na instituição, pelo mero fato de que nela participam
seres humanos e pelo fato da mediação imprescindível do ser humano para que ditas instituições existam” (p. 55).
Considerando que quanto mais integrada a personalidade, menos dependente do suporte institucional, e vice-versa, deduz-se que toda instituição é mais do que um instrumento de organização, regulação e controle social; é na verdade, um instrumento de regulação e de equilíbrio de personalidade. Ademais, se levarmos em conta que as organizações institucionais são depositárias das partes mais imaturas da personalidade e fonte de infelicidade e distorção psicológica dos indivíduos, cabe ao psicólogo focar a estrutura alienada da instituição e trabalhar para que a organização institucional seja o meio de enriquecimento e desenvolvimento da personalidade.
Bleger afirma que “é na instituição hospitalar onde a psicologia institucional provou até agora ser um dos campos onde se torna muito proveitosa sua utilização” (p. 60). Este tipo de instituição, segundo o autor, é menos conflituosa para o próprio psicólogo em relação à sua ideologia bem como aos seus objetivos.
Finalmente, toda empresa tem como objetivo fundamental, de uma ou de outra maneira, um incremento de sua produtividade – melhor dito, de suas utilidades – e do psicólogo se espera, explícita ou implicitamente, uma condução das relações humanas que leve a esta finalidade. Em nenhum caso o psicólogo deve se situar como agente ou
promotor da produtividade, porque não é esta a sua função profissional; seu objetivo é a saúde e o bem-estar dos seres humanos, o estabelecimento ou criação de vínculos saudáveis e dignificantes. Seus objetivos podem levar tanto a um aumento da produtividade – ou dos benefícios – como a uma diminuição da mesma, de maneira passageira, transitória ou estável, mas em nenhum caso é isto o que mede a eficácia de sua tarefa (p. 63).
Em qualquer situação, deve-se salientar que o psicólogo deve trabalhar com exclusividade segundo os seus objetivos e rechaçar tarefas incompatíveis aos seus propósitos. E sua finalidade última é buscar na psico-higiene a promoção da saúde dos indivíduos e seus respectivos grupos.
Hodiernamente, a importância do conhecimento das implicações da fundamentação da psicologia institucional assume feições de caráter essencial à medida que o contexto da atuação do profissional em psicologia avança sem precedentes na história recente das instituições.
Atuar no viés da psicologia institucional requer conhecimento prévio e especificado uma vez que a instituição é muito mais do que um lugar de interações trabalhistas; é um ponto de convergência das diversas personalidades que ali se interagem.
Promover a saúde destes indivíduos é procurar a sanidade institucional seja qual for o contexto no qual o psicólogo esteja situado.
Saúde à psicologia institucional!
Neir Moreira

3) 

Psicologia Institucional é o nome dado à abordagem das Instituições, fundamentada no referencial psicanalítico. Difundiu-se no RG sul a partir da Argentina, na década de 60.

Psicologia Institucional é o nome dado à abordagem das Instituições, fundamentada no referencial psicanalítico. Difundiu-se no RG sul a partir da Argentina, na década de 60..Jose Bleger – Psico-higiene e psicologia institucional

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Psicologia Institucional de Bleger numa crítica freudiana - Luis Fernando Farias.


Psicologia Institucional de Bleger numa crítica freudiana
Luís Fernando Farias
O psicólogo tem basicamente dois lugares de atuação, ele pode ser ou um psicólogo clínico dentro da escola ou pode ser um psicólogo institucional. São duas atuações bastante diferentes.
Psicólogo clínico
O psicólogo clínico tem por objetivo atender aos alunos que para ele forem encaminhados. É de longe o psicólogo mais aceito na escola, já que está "do lado da instituição"; não choca-se em nenhum momento com a estrutura da escola (no sentido figurado, claro). Está na escola para legitimar os problemas dos professores, já que os alunos são os que devem ser tratados pelo psicólogo; eles são o objeto de estudo e de intervenção do psicólogo. A tarefa do clínico seria então tratar dos problemas de aprendizagem inerentes ao aluno-paciente.
É o método mais cômodo de intervenção. Talvez ele seja bem visto pelos professores e administradores. É um emprego seguro para os psicólogos com tendências à clínica que não conseguiram montar seus próprios consultórios. Montam então consultórios dentro da escola.
É claro que estes psicólogos são úteis para a escola, e não quer que eles sejam apenas "pelegos" a mando do governo ou da administração. Muitas vezes os problemas de aprendizagem do aluno são devidos a problemas individuais, e devem ser tratados individualmente. Mas, considerando que os problemas na relação ensino-aprendizagem são muitos em uma escola (são vários os alunos-problemas), é bem possível que os problemas não estejam só nos alunos, mas que estes sejam problemas da escola. E a clínica individual é inútil para tratar os problemas da escola, da instituição como um todo. Para esses casos, existe a psicologia institucional.
Psicologia Institucional


Este será o ramo da psicologia escolar que será estudado neste trabalho com mais detalhes.
Quanto à psicologia institucional, examinarei em princípio as teorias de Bleger e de Guirado. Mas antes serão expostos alguns princípios básicos utilizados por eles.

FREUD
(Terapêutica analítica)

Como tanto Bleger quanto Guirado parecem considerar o método clínico como preferido para trabalhar na instituição, resolvi "beber da fonte" e ler o que o "velho e bom Freud" nos diz sobre a terapêutica analítica.
Em primeiro lugar, Freud se declara contrário aos métodos de sugestão (na época hipnóticos) na terapia, pois estes não trabalhavam as razões do estado mórbido do paciente: simplesmente parava a expressão deste sintoma, que mais tarde seria substituído por outro. Apesar de mais rápidos e menos trabalhosos, os métodos de sugestão eram quase ineficazes no decorrer do tempo, porque o paciente desenvolvia outros sintomas para o mesmo problema.
"A terapêutica hipnótica procura recobrir e mascarar alguma coisa na vida psíquica; a terapêutica analítica procura, ao contrário, desvendá-la e pô-la de parte. A primeira age como processo cosmético, a segunda como processo cirúrgico." (Freud, p.244)
O tratamento analítico é naturalmente o mais árduo, pois é o único comprometido em descobrir e vencer as resistências interiores do paciente. Quando vencidas as resistências, ocorre uma real modificação na vida psíquica do paciente, mais desenvolvida por integrar cada vez mais conteúdos inconscientes à sua consciência.
Quanto ao fim da análise Freud diz:
"o tratamento analítico, ao contrário (das sugestões hipnóticas) tem por objeto a própria transferência, que procura desmascarar e decompor, seja qual for a forma que revista. No fim de um tratamento analítico, a transferência em si deve ser destruída, e se se obtém bom êxito duradouro, este repousa não sobre a sugestão pura e simples, mas sobre os resultados obtidos graças à sugestão: supressão das resistências interiores, modificações internas do doente" (Freud, p.246)

Ou seja, assim como os seus predecessores, Freud afirma que o fim da terapia deve "emancipar" o paciente da figura do analista, para que o paciente possa, depois da "educação psicanalítica", resolver sozinho seus problemas.
Freud também falou sobre o método de análise, ou seja, da destituição do instituído.
"Onde se encontra, pois, a libido (energia) do neurótico? É fácil de responder: acha-se ligada aos sintomas que, por enquanto, lhe proporcionam a única satisfação substitutiva possível. É portanto preciso apoderar-se dos sintomas, dissolvê-los, em suma, fazer precisamente o que o enfermo nos pede. E para dissolver os sintomas, é preciso remontar a suas origens, tornar a despertat o conflito que lhes deu nascimento e orientar esse conflito para outra solução, pondo em ação outros fatores que, na época em que surgiram os sintomas, não estavam à disposição do doente" (Freud, p.247)
Ou seja, deve-se fazer um resgate do histórico da instituição, para que se consiga entender quais foram os processos geradores dos padrões que estão insttuídos.
Sobre a resistência que a transferência oferece, Freud baseia o argumento de Bleger e Guirado (principalmente), no qual a transferência negativa para a figura do analista dificulta a análise.
" O trabalho terapêutico deixa-se, pois, decompor em duas fases: na primeira, toda a libido se destaca dos sintomas para fixar-se e concentrar-se nas transferências; na segunda, a luta se trava em torno desse novo objeto do qual acabamos por libertar a libido. Este resultado favorável só é obtido se se consegue, no correr deste novo coflito, impedir novo recalcamento, mercê do qual a libido se refugiaria no inconsciente, esquivando-se novamente do eu. Isto se consegue, graças à modificação do eu que se realiza sob a influência da sugestão médica." (Freud, p.249)
O impressionante do tema terapêutica analítica é que Freud é contrário a um possível manual prático de psicanálise. Para ele, a técnica analítica ainda é construída na prática.É uma contrução empírica.
"A terapêutica analítica, conforme sabem, é de criação recente; foi preciso muito tempo para estabelecer sua técnica, e ainda assim isto só pode ser feito no correr do trabalho e como reação à experiência imediata. Em conseqüência das dificuldades que apresenta o ensino deste ramo, o médico que estréia na psicanálise é, mais que qualquer outro especialista, abandonado às próprias forças para se aperfeiçoar em sua arte, se sorte que os resultados que pode obter nos primeiros anos de clínica nada provam, nem pró nem contra a eficácia do tratamento analítico." (Freud, 252)

BLEGER
Para Bleger, o psicólogo deve não pensar apenas em curar pacientes doentes, mas deve também desenvolver métodos para promover a saúde e atividades para a população sadia. Também deve considerar não só um enfoque nos problemas individuais, mas também analisar os fenômenos sociais que provocam cada problema a ser resolvido.
A psicologia institucional para Bleger não é só um campo de aplicação da psicologia: é um campo de investigação. É necessário investigar sempre o que está sendo feito na intervenção, pois o centro de toda a psicologia (assim como da ciência em geral) é sempre a prática. Em psicologia, a prática determina a teoria.
"Não há possibilidade de nenhuma tarefa profissional correta em psicologia se não é, ao mesmo tempo, uma investigação do que está ocorrendo e do que está se fazendo. A prática não é uma derivação subalterna da ciência, mas sim seu núcleo ou centro vital". (Bleger, p.31)

O objeto de estudo e de intervenção para Bleger é a instituição como um todo. Sua administração, seus funcionários, sua estrutura física, os professores, os alunos, os pais dos alunos, a comunidade e a sociedade em que a escola (instituição objeto de nossa pesquisa) está inserida. Todas estas características devem ser levadas em conta ao se fazer um diagnóstico, planejar um método de intervenção e intervir.
A psicologia institucional seria uma junção entre a psicanálise e a psicologia social. Acho que pode ser considerada como uma psicanálise clínica social, em que o organismo a ser submetido à análise é a instituição escolar. Seu desenvolvimento, as fantasias inconscientes, as resistências ao terapeuta e seus objetivos devem ser objeto de análise.
Os objetivos da instituição na contratação do psicólogo devem estar bem claros. O objetivo da escola ao contratar pode conter já a queixa, a questão que deve ser trabalhada durante a intervenção (mas a contratação também pode ser apenas uma formalidade, uma obrigação a ser cumprida).
O psicólogo deve ainda conseguir compreender qual são os objetivos implícitos e conteúdos latentes que fazem parte da dinâmica da instituição.
Como todo e qualquer trabalho ou tarefa a ser efetuada, são necessárias informações sobre o meio no qual se trabalhará. É um conceito um tanto óbvio, mas deve ser bem observado, pois um erro grande pode provocar grandes transtornos. Para realizar qualquer coisa, você precisa saber como fazer, onde fazer e o que precisa ser feito. Bastante razoável.
"Dada uma instituição, o psicólogo centra sua atenção na atividade humana em que ela tem lugar e no efeito da mesma, para aqueles que nela desenvolvem dita atividade. Para isto, impõe-se um mínimo de informação sobre a própria instituição que, por exemplo, inclui:
a) finalidade ou objetivo da instituição;
b) instalações e procedimentos com os quais se satisfaz seu objetivo;
c) situação geográfica e relações com a comunidade;
d) relações com outras instituições;
e) origem e formação;
f) evolução, história, crescimento, mudanças, flutuações, suas tradições;
g) organização e normas que a regem;
h) contingente humano que nela intervém: sua estratificação social e estratificação de tarefas;
i) avaliação dos resultados de seu funcionamento; resultado para a instituição e para seus integrantes. Itens que a própria instituição utiliza para isto." (Bleger, p.38)

O enquadramento particular da tarefa (que depende da tarefa) deve levar em conta dois princípios básicos:
a) toda tarefa deve ser empreendida e compreendida em função da unidade e totalidade da instituição;
b) o psicólogo deve considerar, muito particularmente, a diferença entre psicologia institucional e o trabalho psicológico em uma instituição (a psicologia institucional leva em consideração a toda a instituição. (Bleger, p.39)
Um ponto fundamental para o trabalho do psicólogo institucional é que ele dificilmente fará um bom trabalho se ele for submisso à vontade da escola. Ele não deve ser um profissional empregado (pois assim estaria mais sujeito às ordens do empregador, sendo muito mais difícil apresentar qualquer reforma institucional. Não acredito no "reformar por dentro" uma instituição); sempre que alguém trabalha para um chefe, dependendo da vontade do chefe para ser recompensado com promoções, aumentos de salários, há um processo de sobrepor a vontade do chefe a própria. O psicólogo, se pretender uma análise profunda e o mais completa possível da instituição, deve ser contratado (como um consultor). Impõe-se assim um distanciamento entre o objeto de estudo e o psicólogo, o que é benéfico para o trabalho.
Esta afirmação leva a uma questão que é um grande entrave para o trabalho do psicólogo institucional: por que o psicólogo não pode se submeter à vontade do chefe?
Porque quem contrata o psicólogo, no caso de ele ser um empregado, não é a instituição, é a administração. E seria de muito boa vontade que a administração pagasse uma pessoa para esta falar mal das pessoas que lhe pagam o salário. Improvável.
O psicólogo institucional deve "transcender" os próprios objetivos da instituição (que via de regra são determinados por administradores) e reconhecer os sintomas dos problemas que são indicados na "queixa" da instituição.
Como no processo de análise clínica tradicional, o paciente (no caso do presente trabalho é a escola) quase sempre não tem consciência do real problema da escola. É necessária uma instituição madura o suficiente para compreender quais são os problemas reais vigentes, e para conseguir assimilá-los. Bem como em processo de análise, é necessária uma certa maturidade para enfrentar as próprias resistências.
Uma outra possível barreira para o trabalho do psicólogo, que por isso deve ficar bem clara logo no início do trabalho, é um possível choque entre étic as e objetivos de trabalho diferentes. Não adiantará tentar mudar aspectos de uma instituição se as pessoas que dela fazem parte não julgam úteis as mudanças.
Os objetivos do psicólogo não devem ser alterados (ele deve sempre tentar mudar o que está errado, até porque é a única tarefa para qual ele deve ser contratado), mas ele deve levar em conta, no enquadramento de sua tarefa, os objetivos da instituição. O psicólogo deve incentivar a mudança, mas esta deve estar de acordo com o possível da instituição. Cabe ao psicólogo perceber quais são as mudanças necessárias e desejáveis em cada instituição, e "assessorar o processo dinâmico da referida instituição".
Fica claro que em uma instituição em que haja uma distância muito grande entre a sua vontade e a do psicólogo não é um lugar onde possa ser efetuado um trabalho de psicologia institucional.
Método do trabalho institucional

Bleger afirma que o método de trabalho na instituição se baseia na psico-higiene. A investigação é o principal instrumento do psicólogo. Ela se dá a partir do método clínico, utilizando indagação operativa; esta indagação observa os acontecimentos que se dão na instituição, compreendendo o relacionamento entre eles e sua integração, visando uma ação e julgamentos mais efetivos por parte do psicólogo institucional.
A meu ver, é importante que não se crie um processo de dependência na instituição. O psicólogo deve ter como meta o aparecimento de uma meta-aprendizagem da escola, que possibilite que a escola se perceba, e que consiga ela mesma corrigir seus próprios problemas o máximo possível, sem a presença do psicólogo. Enquanto houver dependência na instituição (em relação ao psicólogo) a tarefa do psicólogo não estará completo.

Enquadramento
A técnica de enquadramento sugerida por Bleger tem os seguintes itens:
a) O psicólogo deve ter dissociação instrumental (ele deve estar algo distante do objeto de estudo);
b) As relações que dizem respeito às funções profissionais devem estar claras; quanto dias por semana, a independência (desejada, mas nem sempre alcançada...) do psicólogo e outros detalhes operacionais devem estar bem claros tão rápido quanto for possível;
c) É necessário o esclarecimento da tarefa (o quanto antes, pois é gentil explicar às pessoas o que você estará fazendo na escola);
d) este esclarecimento da tarefa deve ser realizado em todos os grupos nos quais o psicólogo for agir. Para agir no grupo, será necessária a aprovação do trabalho pelo grupo, porque trabalhos aceitos por coerção nunca produzem os resultados desejados;
e) É necessário esclarecer como será a informação dos resultados (para quem e o que informar);
f) É importante o segredo profissional. Os relatórios sobre o grupo só podem ser apresentados a alguém depois da aprovação de todo o grupo;
g) Deve-se limitar os contatos extra-profissionais e principalmente não transmitir informações sobre a tarefa do psicólogo extra-profissionalmente;
h) Tentar não tomar partido por nenhum setor nem posição da instituição (embora eu considere a imparcialidade apenas uma meta inalcançável);
i) A função do psicólogo deve ser meramente a de assessor ou consultor (não se deve assumir outras funções na escola, como diretoria);
j) Não assumir responsabilidades alheias;
k) Não formar superestruturas que desgostem ou se sobreponham com as autoridades ou líderes da instituição;
l) Não fomentar a dependência psicológica; deve-se tentar resolvê-la;
m) Assumir a função de um estudo dos problemas, não meramente uma aplicação de métodos aprendidos;
n) Ter como índice de avaliação o grau de compreensão, independência e melhoramento das relações numa instituição;
o) A operatividade da informação depende do grau de veracidade e do timing, e ainda, da quantificação. Deve-se fazer compreender as relações em um grupo, para isso é necessário dar a informação certa na hora e quantidade certas.
p) Reconhecer e investigar as resistências ao trabalho do psicólogo;
q) Deve-se ter como meta uma instituição que seja capaz de explicitar e resolver os conflitos (sempre) existentes;
r) Não aceitar prazos fixos para o cumprimento da tarefa (o que pode ser um grande problema).
A dinâmica da instituição
A dinâmica é importante na medida que a instituição se reconheça como problemática e procure instrumentos para resolver problemas.
Não se espera de uma instituição que ela não tenha conflitos. A instituição é composta por indivíduos e a relação entre indivíduos é conflituosa por natureza. É importante que haja algum grau de dinâmica para que o psicólogo possa agir. Menor o grau de dinâmica, maior o grau de ataque que o psicólogo sofre em seu enquadramento pessoal. Se não há um mínimo grau de dinâmica o psicólogo deve desistir de uma possível intervenção.
Seu papel não será aceito e será boicotado em seu trabalho.

GUIRADO
Um dos importantes pontos destacados por Guirado é a insuficiência da teoria para se dar conta da tarefa de psicólogo institucional.
Em primeiro lugar, a formação de psicólogos institucionais não é comum.
"Notamos que o psicólogo, enquanto profissional numa instituição, tem, a princípio, dois caminhos a seguir. Um é o da utilização dos recursos teóricos e práticos aprendidos durante o curso de Psicologia (...) outro é o de buscar uma intervenção de natureza institucional, cujo embasamento teórico e prático não costuma fazer parte dos cursos regulares de formação de psicólogos" (Guirado, p.70)

Portanto, para Guirado, a psicologia institucional é uma ciência muito empírica.
Outro ponto de importância (discorda de Bleger) é a questão da separação entre sujeito e objeto da psicologia. Para Guirado, esta separação não existe; somos o tempo todo sujeito e objeto do conhecimento sobre nós mesmos e sobre as relações com outros homens e com o mundo (Guirado, p.71)
Partindo-se deste ponto de vista da Psicologia (não separação entre sujeito e objeto), o papel do psicólogo seria auxiliar no processo de tomada de conhecimento (por parte do sujeito) sobre si nas relações que vivencia. Ou seja, desenvolver uma autopercepção no paciente, especialmente uma percepção própria quando o sujeito está em relação com outros, já que estas relações são o objeto de estudo da Psicologia.
O objeto de estudo deve ser toda a imaginação, todo o sentimento e representação vividos pelo sujeito através da relação. A relação como tal interessa menos do que estas manifestações inconscientes (e por vezes até conscientes) despertadas no sujeito quando em relação.
É derivada dessa visão de Psicologia que aparece a noção de objeto de estudo da psicologia institucional. O importante seria trabalhar com as relações e suas conseqüências para os indivíduos pertencentes à instituição.
"Trabalhar com Psicologia Institucional não seria, portanto, trabalhar no espaço físico de uma instituição, seja ele qual for; reeditar a compreensão e a técnica de trabalho da relação psicoterapeuta/cliente, examinador/examinado, selecionador/selecionado. Seria sim, trabalhar com as relações de determinada prática institucional". (Guirado, p,72)

O psicólogo institucional tem, para Guirado, a tarefa de "destituir o instituído". Existe um grande número de relações de opressão em cada instituição, por muitas vezes extremamente prejudiciais (em meu ponto de vista, toda e qualquer forma de opressão é extremamente prejudicial, mas é impossível a inexistência do par opressor/oprimido; deve-se então tentar corrigir o sistema de opressão até uma "quase" igualdade de condições entre os sujeitos de uma instituição). O psicólogo deve então fazer as pessoas dentro da instituição que muitos dos costumes (relações entre professor autoritário e aluno oprimido, entre administração e professores, etc.) que são percebidos como errados não são "a ordem natural das coisas". São coisas "instituídas na instituição"! São produzidas pela manutenção de certos padrões de comportamentos por vezes bastante antigos, que foram se instituindo por força de hábito (e conforto para os opressores) até estar embutidos na mente de todos como a ordem natural (vai ver que é assim mesmo, e vai ser assim para sempre...) das coisas. Nada mais falso.
A culpa da instituição das relações equivocadas é tanto da parte que sofre quanto da parte que age baseada na desigualdade de forças. Cabe a todos os participantes da instituição perceber o que está errado.
"Nota-se, em sua definição, (Guilhon definido psicologia institucional) uma ênfase na reprodução do instituído. Isto é possível porque se reconhece a ordem estabelecida como natural e autêntica, e porque se desconhece o caráter instituído desta ordem, assim como sua capacidade de instituir novas relações." (Guirado, p.73)

Toda a ordem das coisas pode ser modificada. Não que de repente sumirão todas as formas de poder e que todos valerão a mesma coisa dentro de uma escola, mas pode-se pelo menos tornar os administradores mais sucessíveis à pressão de grupos mobilizados de pais de alunos, de alunos, de professores ou de funcionários.
Esta ordem de coisas, passadas ao longo do tempo, e instituídas como o modo natural de se relacionar com outros indíviduos, é comparada por Guirado com a transferência psicanalítica. O psicólogo institucional deve então analisar (interpretar) o que está implícito no explícito das relações transferenciais dos sujeitos da instituição.

"A transferência pode ser entendida como a repetição de modelos primitivos de relação que, enquanto processo inconsciente, nega o tempo e o espaço como presentes, reproduzindo em vínculos atuais posições vividas em vínculos passados. A interpretação pode ser compreendida como hipótese formulada sobre conteúdos inconscientes". (Guirado, p 74)

Assim como Bleger, Guirado também defende que o contrato de trabalho com os "gestores da demanda" deve explicitar a intenção do psicólogo de possuir certa autonomia profissional, sem a qual é impossível o trabalho de análise.
Para esta autonomia profissional, é imprescindível que o psicólogo funcione como um assessor, e não como um empregado, pelos mesmos motivos já citados anteriormente.
Equipe multiprofissional

Um tema pouco estudado (e pouco aplicado) é a atuação do psicólogo numa equipe multiprofissional na escola.
Em primeiro lugar, o psicólogo não poderá intervir na equipe, já que não é tarefa dele. Ele não tem distanciamento suficiente para avaliar e interpretar as transferências que ocorrem dentro da equipe. Pode ocorrer uma situação até bastante constrangedora, em que a equipe multiprofissional acabe como o grupo com maior número de problemas e com menos transferências descobertas.
Um problema pode ser a falta da posição desejada de assessor ou consultor da escola. Ele será mais um técnico, dentro de uma equipe, que estará sujeito também ao mesmo conjunto de representações inconscientes a que estão sujeitos todos os demais.
Um dos importantes pontos destacados por Guirado é a insuficiência da teoria para se dar conta da tarefa de psicólogo institucional.
Em primeiro lugar, a formação de psicólogos institucionais não é comum.
"Notamos que o psicólogo, enquanto profissional numa instituição, tem, a princípio, dois caminhos a seguir. Um é o da utilização dos recursos teóricos e práticos aprendidos durante o curso de Psicologia (...) outro é o de buscar uma intervenção de natureza institucional, cujo embasamento teórico e prático não costuma fazer parte dos cursos regulares de formação de psicólogos" (Guirado, p.70)

Portanto, para Guirado, a psicologia institucional é uma ciência muito empírica.
Outro ponto de importância (discorda de Bleger) é a questão da separação entre sujeito e objeto da psicologia. Para Guirado, esta separação não existe; somos o tempo todo sujeito e objeto do conhecimento sobre nós mesmos e sobre as relações com outros homens e com o mundo (Guirado, p.71)
Partindo-se deste ponto de vista da Psicologia (não separação entre sujeito e objeto), o papel do psicólogo seria auxiliar no processo de tomada de conhecimento (por parte do sujeito) sobre si nas relações que vivencia. Ou seja, desenvolver uma autopercepção no paciente, especialmente uma percepção própria quando o sujeito está em relação com outros, já que estas relações são o objeto de estudo da Psicologia.
O objeto de estudo deve ser toda a imaginação, todo o sentimento e representação vividos pelo sujeito através da relação. A relação como tal interessa menos do que estas manifestações inconscientes (e por vezes até conscientes) despertadas no sujeito quando em relação.
É derivada dessa visão de Psicologia que aparece a noção de objeto de estudo da psicologia institucional. O importante seria trabalhar com as relações e suas conseqüências para os indivíduos pertencentes à instituição.
"Trabalhar com Psicologia Institucional não seria, portanto, trabalhar no espaço físico de uma instituição, seja ele qual for; reeditar a compreensão e a técnica de trabalho da relação psicoterapeuta/cliente, examinador/examinado, selecionador/selecionado. Seria sim, trabalhar com as relações de determinada prática institucional". (Guirado, p,72)

O psicólogo institucional tem, para Guirado, a tarefa de "destituir o instituído". Existe um grande número de relações de opressão em cada instituição, por muitas vezes extremamente prejudiciais (em meu ponto de vista, toda e qualquer forma de opressão é extremamente prejudicial, mas é impossível a inexistência do par opressor/oprimido; deve-se então tentar corrigir o sistema de opressão até uma "quase" igualdade de condições entre os sujeitos de uma instituição). O psicólogo deve então fazer as pessoas dentro da instituição que muitos dos costumes (relações entre professor autoritário e aluno oprimido, entre administração e professores, etc.) que são percebidos como errados não são "a ordem natural das coisas". São coisas "instituídas na instituição"! São produzidas pela manutenção de certos padrões de comportamentos por vezes bastante antigos, que foram se instituindo por força de hábito (e conforto para os opressores) até estar embutidos na mente de todos como a ordem natural (vai ver que é assim mesmo, e vai ser assim para sempre...) das coisas. Nada mais falso.
A culpa da instituição das relações equivocadas é tanto da parte que sofre quanto da parte que age baseada na desigualdade de forças. Cabe a todos os participantes da instituição perceber o que está errado.
"Nota-se, em sua definição, (Guilhon definido psicologia institucional) uma ênfase na reprodução do instituído. Isto é possível porque se reconhece a ordem estabelecida como natural e autêntica, e porque se desconhece o caráter instituído desta ordem, assim como sua capacidade de instituir novas relações." (Guirado, p.73)

Toda a ordem das coisas pode ser modificada. Não que de repente sumirão todas as formas de poder e que todos valerão a mesma coisa dentro de uma escola, mas pode-se pelo menos tornar os administradores mais sucessíveis à pressão de grupos mobilizados de pais de alunos, de alunos, de professores ou de funcionários.
Esta ordem de coisas, passadas ao longo do tempo, e instituídas como o modo natural de se relacionar com outros indíviduos, é comparada por Guirado com a transferência psicanalítica. O psicólogo institucional deve então analisar (interpretar) o que está implícito no explícito das relações transferenciais dos sujeitos da instituição.

"A transferência pode ser entendida como a repetição de modelos primitivos de relação que, enquanto processo inconsciente, nega o tempo e o espaço como presentes, reproduzindo em vínculos atuais posições vividas em vínculos passados. A interpretação pode ser compreendida como hipótese formulada sobre conteúdos inconscientes". (Guirado, p 74)

Assim como Bleger, Guirado também defende que o contrato de trabalho com os "gestores da demanda" deve explicitar a intenção do psicólogo de possuir certa autonomia profissional, sem a qual é impossível o trabalho de análise.
Para esta autonomia profissional, é imprescindível que o psicólogo funcione como um assessor, e não como um empregado, pelos mesmos motivos já citados anteriormente.
Equipe multiprofissional

Um tema pouco estudado (e pouco aplicado) é a atuação do psicólogo numa equipe multiprofissional na escola.
Em primeiro lugar, o psicólogo não poderá intervir na equipe, já que não é tarefa dele. Ele não tem distanciamento suficiente para avaliar e interpretar as transferências que ocorrem dentro da equipe. Pode ocorrer uma situação até bastante constrangedora, em que a equipe multiprofissional acabe como o grupo com maior número de problemas e com menos transferências descobertas.
Um problema pode ser a falta da posição desejada de assessor ou consultor da escola. Ele será mais um técnico, dentro de uma equipe, que estará sujeito também ao mesmo conjunto de representações inconscientes a que estão sujeitos todos os demais.
ROGERS
Darei apenas algumas idéias gerais sobre a psicologia "humanista" de Rogers, que propõe um outro modelo de terapeuta na instituição.
Rogers deixa bem claro que qualquer atividade do psicólogo é terapêutica, a educação a terapia individual, a terapia em grupo, a análise institucional devem ser trazer algum benefício pessoal a cada um dos participantes da terapia (inclusive o terapeuta), porque em qualquer atividade do psicólogo haverá uma relação com um paciente (ou mais), e nessa relação há a possibilidade (que não deve ser desperdiçada) de os dois sujeitos perceberem alguma resolução de algum problema. Portanto, um psicólogo instituional teria por objetivo trabalhar com grupos terapeuticamente, melhorar o relacionamento dos sujeitos que participam da instituição para assim melhorar a situação da instituição.
Rogers também defende que há grandes semelhanças entre a terapia individual e a terapia grupal. Rogers observa que dados empíricos orientam o trabalho com grupos para que este tenha apenas seis pessoas (a efetividade da terapia é maior).
"También hzy similitudes entre la terapia individual y grupal en el nivel de la técnica. POdemos sintetizar esto aquí e ilustrarlo extensamente más adelante. Tal como en la terapia individual, las técnicas son importantes como medios para expresar las actitudes descritas más arriba (uma íntima comprensión mutua sobre la base de sus sentimientos),
(...) En esencia, lo que el terapeuta intenta hacer es reconstruir el campo perceptual del individuo en el momento em que se expresa, y comunicar esta comprensión con habilidad e sensibilidad. (...) La preocupación por el diagnóstico es mínima, no se confía en la interpretación como instrumento terapéutico, no se considera el insight como un agente de cambio esencial en el proceso del aprendizaje. (Rogers, 250)
Ou seja, para Rogers só há trabalho terápico para o psicólogo, nos moldes descitos na citação acima.
O processo de terapia grupal para Rogers deve incluir uma clarificação da tarefa a ser deenvolvida pelo grupo. Após o estabelecimento dos obejtivos e da pauta da reunião, os sujeitos do grupo ficam livres para falar sobre qualquer coisa.
"Generalmente dice algo al efecto de que los objetivos del grupo sean conocidos por todos los miembros, y de que el grupo pueda desarollar y seguir sus proprias orientaciones. Puede haber cierta incertitumbre al comienzo, pero el mejor remedio para la incertitumbre parece ser el estabelecimiento de la responsabilidad del grupo para su propria dirección" (Rogers, p255)
Percebe-se que, para Rogers, toda e qualquer intervenção psicólogica deve levar em conta uma grande dose de fé do terapeuta no ser humano, no desenvolvimento de suas potencialidades. Ou seja, para Rogers, num grupo que quase não se conhece, haverá sempre alguma pessoa que comecará a falar.
Um dos pontos positivos do trabalho em grupo é que cada indivíduo sempre aprende um pouco com cada pessoa; a terapia sempre traz algo de útil a cada um de seus componentes, algo que auxilie na autopercepção do sujeito.
No fim do trabalho terapêutico, como os outros teóricos pregam, Rogers defende que o paciente (ou os pacientes) devem ser capazes de resolver sozinhos seus problemas (pelo menos os menores); não.se deve incentivar a criação de dependência."
Crítica
Em primeiro lugar devo esclare4cer que a linha psicanalítica é que mais me interessa no momento. Conforme tentei deixar bem claro, considero que tudo o que Bleger e Guirado disseram foi apenas uma adptação da obra, do pensamento psicanalítico. Por isso, resolvi buscar em Freud qual é o papel, qual é a técnica de análíse.
Por Freud, passando por Bleger e Guirado, concebo a psicologia institucional como um método clínico psicanalítico. Acredito que a instituição educacional está cheia de fantasias e desejos inconscientes, de estruturas de poder que permeiam as relações pessoais dentro da instituição. O psicanalista deve ter a capacidade de perceber e clarificar para a instituição (indivíduos que a ela pertencem) quais são estas fantasias e quais são as razões dos sintomas de dada escola.
Escolhi um método clínico por dois motivos. Primeiramente, não conheço nenhum outro método de tratamento o suficiente para utilizá-lo numa instituição (o psicodrama é uma teoria que deve possuir técnicas poderosas de teraapia em grupo, podendo assim, ser de grande utilidade para a clínica da instituição). O pouco que conheço da teoria de Rogers expus no decorrer do trabalho (apenas alguns aspectos, é verdade), mas planejo estudar mais a fundo sobre a técnica rogeriana.
Em segundo lugar, não vejo porque separar totalmente o método clínico individual do método clínico social. Apesar de haver algumas correções a serem feitas quando o objeto de estudo deixa de ser um indivíduo para ser um grupo, este grupo cnotinua sendo um grupo de insdivíduos, sujeitos portanto aos mesmos axiomas da psicanálise, estruturados pelo mesmo processo, etc. Sendo assim, escolho o método clínico, tratando o grupo como um indivíduo.
A psicologia institucional sofre alguns grandes golprs quando passa da teoria para a prática dentro da escola. As resistências podem ser maiores do que se imagina (é o que está no imaginário dos candidatos a psicólogos mais pessimistas). Por ação da transferência a serviço da resistência à análise, professores, alunos, funionários, pais de alunos e adminisradores podem tornar-se inatingíveis à figura do psicólogo, tornando impossível a análise institucional, pois ela depende da aceitação da clínica, sem coerção, por parte dos oonstituintes do organismo a ser estudado.
Se o psicólogo conseguir ter sua proposta de trabalho aprovada, terá talvez outras difioculdades grandes. O problema da instituição pode ter muito a ver com problemas que não podem ser mudados sem uma dose gigantesca de esforço. O problema base da escola pode ser um problema físico da estrutura da escola (parece argumento de terapeuta corporal); a escola pode ter um pequeno número de salas e não poder esquivar-se das demandas da comunidade, e por presão dos administradores que teriam pretensões políicas e por isso quer colocar todas as crianças de dada comunidade na escola, por exemplo. Quando a mudança da estrutura da instituição bate de frente com estruturas de poder muito maiores do que o psicólogo pode enfrentar (e às maiores do que ele pode conhecer), não há nada, no meu entender, que o psicólogo possa fazer.
Outro problema das teorias de Bleger e Guirado (na verdade adaptações da psicanálise para o contexto institucional) é o excesso de otimismo com o qual eles tratam o tema "comprometimento do psicólogo".
Em última instância, apesar de o psicólogo ser um contratado da instituição, é na verdade quase sempre um dos adminstradores que o põe dentro da instituição. É normalmente um membro da diretoria que primeiro entrevista o psicólogo, portanto o primeiro com quem o psicólogo conversa. Acredito também que é a tendência normal de qualquer sujeito (inclusive dos vitaminados psicólogos instucionais) sentir-se na obrigação de dar satisfação e de agradar, demonstrar serviço ao empregador.
Primeiro porque mesmo não querendo (mesmo inconscientemente) o psicólogo vai ver na figura do diretor da esola a figura do chefe, do mandatário do pai, a quem se deve obedecer. O psicólogo, assim como todas os outros universitãrios, deve ter passado por uma ou mais escolas. Sendo assim, já tem um histórico de relações com o diretor, as quais muitas vezes (salvas exceções felizes) foram baseadas em ameaças de punição (afinal, ser mandado para a sala do diretor não é um bom sinal, e possivelmente não existam muitos diretores que chamem os alunos e os pais para afirmar o quanto é bom este aluno), punições e uma evitação da punição a fim de evitar mais punições. Estas evitações são normalmente manifestas na atitude de andar na linha, fazer as vontades do diretor, entrar no jogo de poder dominado pelo professor e pela direção. Portanto, é bastante natural que o psicólogo, depois de tanto tempo em escolas, tenda a repetir esta atitude passiva em relação às vontades do diretor da instituição.
Segundo porque mesmo tentando manter sempre um certo distanciamento do objeto de estudo do psicólogo, ele sempre encontrará com uma série de indivíduos que se sintam, pela realidade e pelas suas fantasias inconscientes, oprimidos pelos diretores da escola. Como em psicanálise sempre estamos inconscientemente em contato com o inconsciente do outro, é quase inevitável a "contaminação" do inconsciente do psicólogo pelo "inconsciente coletivo" da instituição.
Para evitar estas atitudes que opõem-se ao método analítico, é necessária uma assepsia do insconsciente e das atitudes do psicólogo. É preciso dominar a contra-transferência do psicólogo, ou seja, é mister saber quais são as emoções e as atitudes encobertas quando se está em relação com os outros seres, principalmente com os diretores (que na verdade são o nosso ponto de pauta atual). Muito provavelmente seria necessário, e com toda a certeza desejável, que o psicólogo institucional fosse um indivíduo que passasse por um proceso de psicanálise, para ele ter uma melhor compreensão sobre quais são as fantaias inconscientes dele ao entrar numa escola. Qual é a sua idéia de escola, quais foram os momentos cruciais que formaram esta representação da escola, etc. Isto é extremamente importante, porque muita gente passa mais tempo na escola do que com os pais, que são sempre os culpados em análise pelos problemas do indivíduo. Se o psicólogo tiver berm claro qual é a sua representação e de seus constituintes, ele será mais um a repetir padrões sociais de comportamento, atrapalhando em muito a análise.
Esta contra-transferência não é comentada com seriedade nem por Bleger nem por Guirado. Não compreendo porque um teórico fale tanto da transferência e nada sobre a contra-transferência, em minha opinião de igual ou maior imporância. Para compreender melhor o domínio da contra-transferência, teríamos que buscar a obra de Freud (sempre ele!) para maiores esclarecimentos.
O que pretendia na verdade com este argumento era afirmar que é muito difícil manter os objetivos da análise da instituição claros e distintos dos interesses dos diretores da escola, tanto pelas razões já citadas como pela afirmação concreta de que muitas vezes é a administração mesma quem paga o salário do psicólogo. Então, muitas vezes a posição do "agente de mudanças",fica ameaçada; não funcionará o princípio de não tomar partido de um dos lados da instituição (que eu chamo de opressor e oprimido, mas que podem ganhar outras denominações). O psicólogo deverá fazer uma escolha, porque não adiantará (talvez em algumas situações isto até adiante) dizer que o psicólogo está compromissado com a instituição como um todo, porque as pessoas podem querer uma decisão do psicólogo. E aí, em casos extremos, a situação pode ser delimitada pelos administradores da seguinte forma: ou você está do meu lado ou você está do lado de fora da escola. E contra a força não há argumentos. Fim de papo.
Por isso, concordo com Freud quando ele, em "terapêutica analítica" deixa claro que não tinha intenção de elaborar um manual prático de psicanálise. As condições da instervenção na instituição podem variar muito, e o enquadramento poderá ser feito num momento posterior ao desejado, por ser o único horário disponível do administrador, por exemplo.. Ou seja, o método analítico é algo que se desenvolve de acordo com o sujeito do analista (e por isso acho fundamental este analista se submeter à análise) e com a dinâmica da instituição.
De qualquer maneira, é só estando dentro da instituição que poderemos ter noção do que nos espera, do que esperam de nós e de como implantaremos o método de nossa preferência. Apesar de em sua maior parte os textos de Bleger e Guirado mostrem alguns processos gearis de conduta, não considero tão útil os itens mais precisos (estilo "handbook de análise institucional) como a itemização do processo de enquadramento de tarefa. Acho que cada pessoa desenvolverá de sua própria maneira a atuação como psicólogo institucional..

Comentários (21)add comment

Crmem de Fatima escreveu:

0
...
Gostei do assunto, porem gostaria que abordasse sobre Análise institucional
julho 23, 2007
Votação: +3

Débora escreveu:

0
...
Bom li o texto e não tive uma noção direita sobre a ideia de bleger sobre instituição.
Você pode me esclarecer isto?
obrigada
Débora smilies/smiley.gif
março 19, 2008
Votação: +1

Hí­lcia escreveu:

0
...
Olá gostei da comparação feita, teve uma boa argumentação, apesar de particularmente nao concordar com alguns fatos...
Estou fazendo uma pesquisa sobre Bleger e adorei sua colocação bem resumida e destacando as idéias principais dele e de Marlene, porém só senti falata da bibliografia. Teria como vc me informar as fontes buscadas?
Agradecida Hí­lcia Rodrigues
março 28, 2008
Votação: +2

Rebeca e Andréa escreveu:

0
...
Muito bom o texto!
Conseguimos entender de forma coerente e rápida!
completamente diferente das PALAVRAS COMPLICADAS e
dos TEXTOS QUE NOSSA PROFESSORA TEM INDICADO!

Lendo assim, até despertou meu interesse pela psicologia institucional
junho 07, 2008
Votação: +2

gatim escreveu:

0
...
gostei mto do artigo ele me ajudou a entender um pouco mais sobre a materia q estou iniciando ....
parabens vlw
agosto 05, 2008
Votação: +1

katia escreveu:

0
...
Gostaria de saber se existe na prática psicólogos que trabalham em escolas não como consultores e sim contratados pela direção (dia a dia)que conseguem executar esse trabalho de forma a realmente olhar a instituição como um todo?
fevereiro 09, 2009
Votação: +3

Cristiane M. S. escreveu:

0
...
smilies/smiley.gifGostei bastante do que encontrei sobre Bleger, achei mais fácil entender os pensamentos dele do que os de Fraud. Talvez esteja errada, mas comecei a estudar psicologia institucional e estou amando. Obrigada pelo resumo.
Maio 03, 2009
maio 03, 2009
Votação: +2

cintia escreveu:

0
...
Gostei do assunto e gostaria de ir mais fundo... por isso peço que me informem sobre a bibliografia.
Obrigada! smilies/wink.gif
junho 09, 2009
Votação: +1

fatima escreveu:

0
...
Goste da maneira simplista que foi decorrido o texto, sendo de facil compreensão.Entendi com esse texto o que não consegui no semestre de aula
junho 25, 2009
Votação: +1

helen ribeiro escreveu:

0
...
Gostaria de citar esse seu artigo em um trabalho, como citá-lo?

Abraços.
julho 28, 2009
Votação: +0

Maria Célia De Santi escreveu:

0
Gostei muito e vou utilizá-lo como apoio, porém
...necessito das referências bibligráficas. Suponho saber as de Bleger, Guirado e Rogres, mas não as de Freud.
Agradeço a atenção
setembro 03, 2009
Votação: +0

michelle firmino escreveu:

0
psicologia institucional
o texto esclareceu a situaçaõ que estou vivenciando.Trabalho em uma Instituição e aconteceu uma greve dos estudantes. nesta greve não fiquei do lado de nenhum de nem de outro, fiquei neutro. Tenho minha opinião, mas preferi me manter neutro ate porque sou funcionaria da instituição.
dezembro 03, 2009
Votação: +0

Márcia Lessa escreveu:

0
...
G ostei muito do texto apresentado.Uma forma simples e direta sobre o Psicólogo e suas atribuições na instituição. Parabéns!
março 19, 2010
Votação: +0

kahmilinha_@hotmail.com escreveu:

0
bleger
Gostaria de saber da onde foi tirado a informação sobre psicologia institucional de bleger
junho 14, 2010
Votação: +0

Denis Fernando escreveu:

0
...
Texto muito bacana! Gosto muito de textos fundamentais, que partem dos pressupostos, fazendo um caminho claro e detalhado, bem explicado e inteligente, mantendo início e fim coesos!
Gostaria de ter acesso à bibliografia, é possível?
junho 23, 2010
Votação: +1

José Guedes de Moraes escreveu:

0
Psicologia Institucional de Bleger numa crítica freudiana
Muito bom o texto acima, sintetizou com precisão teorias que podem dar conta de uma análise institucional. Apenas gostaria de sugerir que colocassem a bibliografia correspondente às citações do texto.
Guedes
agosto 02, 2010
Votação: +2

Mara A. Assunção escreveu:

0
...
Gostei muito!
Entendi um pouco mais o refrido assunto.
Parabéns! Como todos já falaram, faltou
bibliografia. Obrigada!!
setembro 28, 2010
Votação: +1

Daniele Assis escreveu:

0
Referência bibliográfica BLEGER
Oi pessoal,
identifiquei um dos livros usados no artigo -> BLEGER, J. Psico-Higiene e Psicologia Institucional. Porto Alegre: Artmed, 1984.
boa leiturasmilies/wink.gif
novembro 07, 2010
Votação: +1

Patricia Ribeiro escreveu:

0
Referência Bibliográfica
Li, gostei, me interessei, mas............. quando fui procurar as referências não as encontrei. Poderia enviar-me? Obrigada! smilies/grin.gif
dezembro 29, 2010
Votação: -1

Leonara Bernardo escreveu:

0
Psicologia Instucional de Bleger numa crítica freudiana
Gostei muito.Pois consegui solucionar as dúvidas.smilies/wink.gif
maio 08, 2011 | url
Votação: +0

Romario sandro trindade escreveu:

0
psicologia
fui buscar sobre o tema nao encontrei o ambodamento direito mais esta otimo o tema deu parra sabe mais alguma coisa a mais sobre a psicologia
outubro 15, 2011 | url
Votação: +3


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Última atualização em Seg, 14 de Outubro de 2013 11:54
 
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